______________Criação e preservação de abelhas nativas e africanizadas_________________
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25 de maio de 2020
3 de maio de 2020
14 de dezembro de 2019
Controle agroecológico de forídeos em Abelhas Sem Ferrão
Recredenciada pelo Decreto Estadual
N° 16.825, de 04.07.2016
Boletim técnico
Controle agroecológico de forídeos em Abelhas Sem Ferrão
Generosa Sousa Ribeiro- Bióloga, DSc em Ciências Agrárias (Meliponicultura)
Laboratório de Meliponicultura -Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
E-mail: generosa.sousa@uesb.edu.br
Carla da Silva Panetti, Enfermeira e Terapeuta Homeopata – Centro Universitário de Brasília - CEUB
Ingrid Sousa Costa – Bióloga, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
O objetivo do presente boletim técnico é a divulgação da metodologia de preparo e utilização de uma solução agroecológica para o combate e controle de forídeos em abelhas sem ferrão. O artigo completo será publicado posteriormente em revista de divulgação científica da área de Agroecologia.
O controle de inimigos naturais na Agroecologia pode ocorrer através da aplicação de produtos formulados com plantas medicinais e de materiais minerais para revitalização e proteção das plantas cultivadas ou para o controle de problemas fitossanitários que tenham sido causados por inimigos naturais que surgem a partir do desequilíbrio de alguma parte do sistema de cultivo. No segundo caso, utiliza-se o próprio agente causador (fungo, bactéria, inseto, etc.) para elaborar uma solução homeopática chamada nosódio para controlar sua ação. O princípio básico da homeopatia é “semelhante cura semelhante”.
Os forídeos (Pseudohypocera kerteszi), inimigos naturais das abelhas, são moscas cleptoparasitas que utilizam o pólen coletado pelas abelhas, para sua alimentação e postura. São pequenas (≤ 5,5 mm) e bem rápidas na movimentação. A infestação das colônias pelos forídeos é um dos principais fatores limitantes para a multiplicação racional das abelhas sem ferrão.
Os forídeos machos e fêmeas invadem as colônias, atraídos pelo cheiro azedo do pólen em fermentação. Os machos costumam entrar nas colônias antes das fêmeas, demarcando território com feromônios para o acasalamento posterior. Poucas horas depois do acasalamento, as fêmeas estabelecem a postura dentro dos potes de pólen e em até 24 horas poderá ocorrer a infestação severa e causar danos irreversíveis levando até a morte do enxame.
Poucos trabalhos sobre a biologia dos forídeos foram desenvolvidos até o momento. A maior preocupação dos meliponicultores tem sido o combate, através da limpeza das caixas racionais e instalação de iscas-armadilhas. Porém as iscas com utilização de vinagre e/ou pólen fermentado não combatem com eficiência uma infestação severa
O estudo que gerou a presente nota técnica teve o objetivo de utilizar o nosódio, solução homeopática no controle e combate dos forídeos, na concentração de 4CH.
Metodologia de preparo do nosódio e aplicação
Para o preparo do nosódio, 40 forídeos vivos devem ser coletados de caixas de abelhas sem ferrão infestadas. Os forídeos devem ser coletados com o auxílio de um “sugador de forídeo” (Figura 1 a) ou de outra forma, desde que sejam capturados vivos. Logo após a coleta, deverá ser adicionado 1 mL de álcool de cereais a 70% no frasco utilizado para coleta, com os forídeos ainda vivos e imediatamente macerados (Figura 1 b, c e d). Os forídeos macerados devem ser colocados em um frasco âmbar de vidro com capacidade de 1.000 mL, onde será adicionado mais 999 mL de álcool de cereais a 70%. O frasco deverá ser guardado em um armário escuro pelo período de 15 dias. Após 15 dias, a solução que é chamada de “tintura mãe” deverá ser coada em papel de filtro (Figura 2) e na sequencia deverá ser realizada as diluições e dinamizações homeopáticas (batidas fortes e sequentes para “homogeneização” da solução) (Figura 3) e na seguinte ordem:
a) Transferência de 1 mL da tintura mãe para um frasco âmbar de vidro com capacidade de 100 mL. Adicionar 99 mL de álcool de cereais a 70%, e realizar 100 dinamizações com a mesma frequência . Essa primeira dinamização será o nosódio de 1 CH;
b) Transferência de 1 mL do nosódio 1CH para um frasco âmbar de vidro com capacidade de 100 mL. Adicionar 99 mL de álcool de cereais a 70%, e realizar 100 dinamizações com a mesma frequência . Essa dinamização será o nosódio de 2 CH;
c) Transferência de 1 mL do nosódio 2CH para um frasco âmbar de vidro com capacidade de 100 mL. Adicionar 99 mL de álcool de cereais a 70%, e realizar 100 dinamizações com a mesma frequência. Essa dinamização será o nosódio de 3 CH;
d) Transferência de 1 mL do nosódio 3 CH para um frasco âmbar de vidro com capacidade de 100 mL. Adicionar 99 mL de álcool de cereais a 70%, e realizar 100 dinamizações com a mesma frequência. Essa dinamização será o nosódio de 4 CH;
e) Para o preparo da solução para pulverização será retirado 20 mL da solução 4 CH e adicionado a um frasco pulverizador de plástico com 980 mL de água deionizada, completando 1 litro de solução para pulverização;
As pulverizações devem ser realizadas em todos os lados externos das caixas infestadas com dois jatos cada; um jato interno em cada canto das caixas com repetições a cada 24 horas em um período de 3 dias, sendo repetido o mesmo procedimento após 8 dias das 3 primeiras pulverizações. As aplicações devem ser realizadas no período diurno.
A solução pode também ser utilizada em divisões de caixas racionais com o objetivo de prevenção de infestação.
No preparo do nosódio é necessário que todos os recipientes utilizados sejam novos para que nenhum tipo de resíduo interfira na composição da solução. As 100 dinamizações (batidas sequentes) devem ser todas na mesma frequência e força para a garantia da potencialização desejada. A tintura mãe e o nosódio 4 CH pode ser encomendado em farmácias homeopáticas. A tintura mãe tem validade de 2 anos e as soluções dinamizadas (CH) de 48 horas. Provavelmente o responsável técnico solicitará os forídeos vivos para o preparo da solução.
Referências
ANDRADE, F.M.C. Homeopatias no crescimento e na produção de cumarina em chambá (Justicia pectoralis Jacq.). Revista Brasileira Plantas Medicinais, Botucatu, v.14, especial, p.154-158, 2012.
CAPRA, R.S.; GRATÃO, A.S.; FREITAS. G.B.; LEITE, M.N. Preparados homeopáticos e ambiente de cultivo na produção e rendimento de quercetina em carqueja [Baccharis trimera (Less) DC]. Rev. Bras. Pl. Med., Campinas, v.16, n.3, p.566-573, 2014.
CASALI, V.W.D.; ANDRADE, F.M.C.; DUARTE, E.C. Acologia de altas diluições. Viçosa: DFT/UFV, 2009. 600p. CASALI, V.W.D. et al. Homeopatia: bases e princípios. Viçosa: DFT/UFV, 2006. 149p
CONTRERA, F. A. L.; VENTURIERI, G. C. Revisão das interações entre forídeos (Diptera: Phoridae) e abelhas indígenas sem ferrão (Apidae: Meliponini) e técnicas de controle. In: ENCONTRO SOBRE ABELHAS, 8., 2008, Ribeirão Preto. Biodiversidade e uso sustentado de abelhas: anais. Ribeirão Preto: FUNPEC, 2008. p. 146-153.
FREIRE, D.C.B.; BRITO-FILHA, C.R.; CARVALHOZILSE, G.A. Efeito dos óleos vegetais de andiroba (Carapa sp) e copaíba (Copaifera sp) sobre forídeo, praga de colmeias, (Diptera:Phoridae) na Amazônia Central. Acta Amazonica, Manaus, v. 36, n. 3., p. 365 - 368, 2006.
GARCIA, R. S.; SANTOS, L. H.; CERQUEIRA, B. R.; CARVALHO, R.; ARMOND, C. Efeito de Nosódio na 5CH e 6CH como repelente de oviposição de Ceratitis capitata (Wied.,1824 )(Diptera:Tephridae) em goiabas. Cadernos de Agroecologia, v. 8, n. 2, 2013 PERUQUETTI, R. C.; SILVA, Y. C. da; DRUMOND, P. M. Forídeos cleptoparasitas de abelhas-sem-ferrão: sazonalidade, distribuição espacial e atratividade de iscas de vinagre. Embrapa Acre, 2012.
RUPP, L. C. D.; BOFF, M. I. C.; BOTTON, M.; SANTOS, F.; BOFF, P. Peparados homeopáticos para o manejo da mosca-das-frutas na cultura do pessegueiro. Rev. Bras. Agroecologia. Lages, v. 2, n. 1, p. 1606-1610, fev. 2007.
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB
Recredenciada pelo Decreto Estadual
N° 16.825, de 04.07.2016
Campus de Vitória da Conquista (77) 3424 8630
19 de novembro de 2019
Abelhas “babás” esquentam a barriga para manter o ninho aquecido
Tórax mais quente de algumas abelhas sem ferrão garante desenvolvimento da prole, característica que pode ser fundamental para sobrevivência da espécie
Por Tainá Lourenço

As abelhas desempenham várias funções bem conhecidas ao longo de seus 60 dias de existência. Elas coletam pólen, defendem a colmeia, produzem mel e atuam como cuidadoras da prole em desenvolvimento. O que ainda não se sabia é que algumas dessas babás – ou “enfermeiras”, como chamam os pesquisadores – têm uma característica diferente das outras: a capacidade de aumentar a temperatura do abdome.
A descoberta foi observada na comunidade de abelhas sem ferrão uruçu-nordestina, analisada pela bióloga Yara Roldão, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP, durante sua pesquisa de doutorado sobre termorregulação.
A pesquisadora observou que algumas das abelhas enfermeiras, que cuidam da prole dentro do ninho, são capazes de produzir calor em seu tórax contraindo a musculatura e armazenando gordura no abdome. Desta maneira, atingem uma temperatura até 4º C mais alta que as companheiras. Nesta fase, que acontece entre o décimo segundo e décimo quarto dia de vida, o seu trabalho é andar pelos favos de cria conferindo se as abelhas em desenvolvimento estão vivas. “É nessa época que ela apresenta o ovário mais desenvolvido e também é mais quentinha”, conta Yara.

Da acordo com a pesquisadora, o ninho é a região mais quente da colmeia, com uma temperatura que varia entre 28º e 30º C, para que a cria se desenvolva sem nenhum problema ou deformação. Yara conta que foi neste ambiente que a câmera infravermelho, utilizada para a realização da pesquisa, captou a atuação de três fontes de calor: o invólucro (camada de cera criada pelas abelhas, responsável por manter o favo aquecido), a própria cria, e as abelhas enfermeiras. “Essa câmera consegue captar calor desde a abelha até a colônia onde ela vive. Foi assim que nós percebemos que na área de cria havia algumas abelhas com corpos mais quentes do que as outras”, explica.
Yara identificou que, enquanto as operárias comuns possuem temperatura corporal de 31º C, as enfermeiras podem chegar até a 35° C quando atuam na área de criação. Segundo a bióloga, até então não havia indícios dessa função entre as abelhas sem ferrão, pois essa peculiaridade não é algo que se possa concluir apenas observando sem equipamento. “Agora sabemos de onde vem e como é mantido o calor da área de criação, sabemos o porquê de essa região ser mais quente e como isso gera um bom resultado no desenvolvimento dos imaturos, que são as abelhas que ainda vão nascer.”
O professor Fábio Santos do Nascimento, orientador do trabalho, conta que o objetivo do estudo era avaliar como as abelhas sem ferrão respondem às modificações climáticas e se havia mecanismos que as ajudavam a manter estável a temperatura da colmeia. Afinal, diz ele, “vivemos num período em que as abelhas são constantemente afetadas, tanto em questão de modificações climáticas quanto na utilização de pesticidas no campo”.
Para Nascimento, a pergunta agora é se essas regiões específicas da colmeia produzem indivíduos específicos. “Por exemplo, não sabemos como as abelhas rainhas são produzidas, pois ainda há pouca informação a respeito da biologia delas: desde a questão do forrageamento, da busca de néctar, do pólen, até a fisiologia dos indivíduos dentro da colmeia.” Segundo o cientista, porém, há grandes chances de que a característica descoberta seja essencial para a sobrevivência. “Essa função nova pode ser fundamental para a biologia dessas espécies”, sugere.
A pesquisa, desenvolvida no Laboratório de Comportamento e Ecologia de Insetos Sociais da FFCLRP, foi publicada pelo Journal of Economic Entomology da Oxford Academic Scientific no início deste ano.
Bióloga Yara Roldão, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP
Créditos Jornal da USP
27 de fevereiro de 2019
Abelha Lambe Olhos
Leurotrigona muelleri (Lambe olhos)
Esta abelha nativa mede 1,5 mm e é considerada a menor abelha do mundo.Infelizmente mais uma que corre risco de extinção.
De ocorrencia natural no estado de São Paulo
Mais uma especie criada e preservada por nós do Apiário & Meliponário São Francisco
21 de agosto de 2018
A Importância do estado das caixas para o abrigo das abelhas
Você determina um local para as abelhas morarem, em que, na maioria das vezes, não foi de escolha das mesmas. Tanto no ambiente, quanto na caixa ninho.
As abelhas necessitam de uma temperatura ideal, umidade ideal, escuridão e segurança para se desenvolverem e atingirem o seu máximo. Tanto em reprodução como em produção.
Se você as colocam em uma caixa com buracos, vãos, feita de um material que mantem muito úmido ou muito quente o seu interior, elas vão perder muito tempo em reequilibrar o ambiente e deixarão de produzir, e mesmo de se reproduzir. No caso das africanizadas, há até mesmo o abandono da colméia.
Em meliponicultura a situação é ainda pior ...Muitas vezes compra-se enxames por serem mais baratos, por inexperiência ou na ânsia de ter "aquela raça" de abelha..... e que acaba vindo em caixas bem rústicas, finas, velhas e as vezes até com cupim...e então o tempo de vida útil dessa caixa vai ser bem menor, e você acaba por ter que mudar de caixa.
Para você transferir esse enxame para uma caixa nova é complicado. Não é tão fácil como nas africanizadas, que basta tirar os caixilhos e colocá-las na outra caixa e pronto.
Temos todo um serviço de remoção e intervenção manual de crias, potes com mel e pólen (que quando rompidos atraem forídeos, formigas, abelhas africanizadas, além da morte de cria e até a da rainha).
Não esquecendo de instalá-las em ambiente adequado:
Meia sombra para africanizadas e sombra para meliponas (sempre com cobertura para ambas)
25 de julho de 2018
30 de novembro de 2017
Transferência de enxame de abelha jataí da isca pet para a caixa racional
Com o Mestre Ailton Fontana
6 de novembro de 2017
GOROROBA (alimentação para meliponas)
Há varias maneiras de alimentar as abelhas nativas
Uma delas é a GOROROBA
Uma das vantagens deste método seria o não afogamento das abelhas e a adição de pólen sem atrair forídeos
Ingredientes
- 500 ml de água
- 400 gr de açúcar
- 1 colher de sobremesa de mel (ASF ou Apis)
- 1 colher de chá de pólen conservados em geladeira (ASF ou Apis)
- 1 pacotinho de gelatina sem sabor (12 gramas)
- 3 folhas de erva cidreira ou capim santo
Modo de Preparo
Ferver o açucar + água + capim por 3 minutos
Deixar esfriar até 40 °C
Retirar as folhas e juntar a gelatina (já dissolvida em 4 colheres de água + pólen + mel)
Misturar bem e por para gelar por 12 horas.
Fornecimento
Abelhas Granddes - Uruçus 100 gr (3x por semana) ou 300 gr (1x na semana)
Abelhas medias- Manduri 2 a 4 tampas de refrigerante (3x na semana)
Abelhas pequenas - 1 a 2 tampas de refrigerante (3x na semana)
Fonte: SEAGRI/ BA
4 de novembro de 2017
Pesquisa revela que abelhas-sem-ferrão amazônicas defendem meliponários contra saques de outras abelhas
Duckeola Lestrimelitta limão
Estudo publicado em junho na revista científica Acta Amazonica, do Inpa, apresenta descoberta de que abelhas nativas sem ferrão da Amazônia são capazes de detectar a presença de abelhas ladras na vizinhança e contra-atacar defendendo suas colônias
Um estudo realizado por pesquisadores formados no curso de Pós-graduação em Botânica (PPG-BOT) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), André Rodrigo Rech e Mayá Schwade e pelo estudante do curso de Sociedade e Cultura na Amazônia (PPGSCA) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Maurico Adu Schwade, revela que abelhas amazônicas sem ferrão são capazes de defender suas colônias contra roubos de outras abelhas.
O objetivo do estudo foi documentar a resposta de abelhas da espécie Duckeola ghilianii quando uma colônia de outra espécie, próxima a esta, é atacada. As observações foram realizadas em outubro de 2010, e os ninhos foram monitorados posteriormente para verificar como as abelhas se comportaram após o ataque.
O local da pesquisa foi o sítio Bom Futuro no ramal do Urubuí localizado no município de Presidente Figueiredo, interior do Amazonas, onde estão os meliponários da família Schwade. A família mantém um criterioso acompanhamento do desenvolvimento de suas colônias de abelhas, registrando os saques por abelhas ladras como um dos principais fatores na perda de colmeias de Apis mellifera (abelha do mel, africanizada) e enfraquecimento das colônias de abelhas nativas, especialmente as do gênero Scaptotrigona.
De acordo com Rech, há algum tempo Mauricio Adu Schwade percebia que as colônias que estavam próximas às abelhas da espécie Duckeola ghilianii pareciam ser menos atacadas por abelhas ladras (chamadas biologicamente de cleptobióticas, pelo hábito especializado de roubar pólen e mel de outras abelhas). Com base nessa percepção os autores desenvolveram a ideia de que Duckeola ghilianii deveria atuar na defesa de territórios livres de roubo e que dessa forma protegiam colônias na vizinhança contra os mesmos ataques.
Desenvolvimento da ideia
Para testar a tese, os pesquisadores localizaram uma colônia de abelha-sem-ferrão (Scaptotrigona sp.) Que estava sendo atacada por abelhas ladras, as Lestrimelitta rufipes – popularmente conhecidas como abelha-limão, por conta de um composto volátil a base de citral que proporciona o odor característico de limão -, e a introduziram em um meliponário onde já existia uma colônia deDuckeola ghilianii. Na sequência, filmaram e observaram todo o comportamento.
Segundo os autores do artigo científico, publicado na revista Acta Amazonica do Inpa, com esse experimento eles perceberam que as operárias de Duckeola ghilianii rapidamente respondem ao odor produzido pelas abelhas ladras e iniciam uma patrulha e ataque, retirando as ladras de dentro da colônia invadida e impedindo que continuem a saquear. “A presença de comportamento defensivo em gêneros não proximamente relacionados sugere que ele tenha evoluído mais de uma vez”, observam.
No mesmo meliponário havia também uma colônia da espécieMelipona fulva – conhecida como jandaíra preguiçosa -, a qual reagiu igualmente ao odor cítrico e atuou na retirada de pedaços das abelhas mortas. De acordo com os autores: “Embora muito maiores que as operárias de Duckeola ghilianii, as meliponas não foram tão eficientes quanto essas”.
Resultados e propostas
Considerando o comportamento descrito, os pesquisadores sugerem então a criação de espécies nativas resistentes em meliponários de regiões onde elas forem nativas, devido ao potencial que elas têm na proteção das colônias.
“O trabalho traz contribuições significativas para o entendimento da evolução do comportamento de defesa ao roubo em abelhas e faz inferências sobre manejo de abelhas-sem-ferrão na Amazônia, onde o ataque por abelhas ladras é um fator importante reduzindo a produção de mel”, frisam.
Rech informa ainda que, mesmo após o fim da pesquisa, o local dos estudos continua sendo monitorado por ser uma área de criação de abelhas e pelo fato dos proprietários da área acreditarem que apenas com conhecimento será possível reduzir o impacto humano sobre a floresta e aumentar o retorno que podemos obter dela.
O estudo foi financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O trabalho completo pode ser encontrado em:http://www.scielo.br/pdf/aa/v43n3/a16v43n3.pdf
Por Clarissa Bacellar
Fonte: INPA
Fonte: INPA
23 de setembro de 2017
24 de março de 2017
25 de fevereiro de 2017
Armadilha interna para controle de forídeos em Meliponas medias e grandes

Pegue um potinho firme que sirva dentro da colmeia. Pode ser de filme fotográfico, de remédios feitos em farmácias de manipulação, etc. Aqui no caso, estou usando um frasco de remédio manipulado.
Faça 2 ou 3 furos por onde os forídeos possam passar.
Pode-se também colocar um pedacinho de canudinho de bebida encaixado no buraquinho (+ ou - 0,5 cm) para o lado de dentro do potinho, isto para dificultar a escapada do forídeo depois que ele entrou na armadilha
Corte o bobe de maneira que fique um pouco acima dos buracos da armadilha e encaixe este na tampa. Para tampar o espaço vazio do centro, corte um pedacinho do próprio bobe e coloque ele curvado de maneira que não dê espaço para as abelhas passarem. obs: Quando comprar o bobe, verifique se este tem o espaço suficiente para a passagem do forídeo pelas laterais
vista da lateral

vista do fundo
vista de cima
vista encaixado na tampa
Depois de montado, abra a tampa e coloque mais ou menos 1/3 de vinagre de maçã dentro do pote e coloque dentro da colmeia como na 1ª e 2ª figura.
Desta maneira, as abelhas não conseguem tampar os buraquinhos da armadilha com própolis,devido ao cheiro do vinagre.Se isto vir a ocorrer, há o impedimento da entrada dos forídeos na armadilha, e esta perde a eficácia.
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