27 de dezembro de 2010

MEL CRISTALIZA?








CRISTALIZA SIMMM......





Todos os tipos de méis cristalizam de maneira natural !!!!!


Alguns levam poucos dias ou semanas para cristalizar e outros demoram muito tempo para completar sua cristalização.

Vários são os fatores que influenciam na cristalização do mel:
  • Florada
  • Temperatura ambiente
  • Conteúdo de glicose
  • Conteúdo de água
  • Presença de partículas que servirão de núcleo para o início da cristalização
  • Bolhas de ar

    As abelhas retiram a água do néctar e convertem os açúcares compostos deste (através das enzimas produzidas em suas glândulas) em glicose e frutose. 
 
Então o mel é uma solução concentrada de açúcares simples (glicose e frutose), além de outras substâncias. 
 
A glicose, menos densa do que a frutose, sobrenada o pote de mel e ao entrar em contato com o hidrogênio do ar, forma hidratos de glicose que em temperatura ambiente possuem a forma sólida, mas não dura!!!

É mole como doce de leite e continua com a cor de mel, só que mais opaco: alaranjado e homogêneo.



A cristalização do mel puro não é nada mais que uma reação química entre a glicose e o hidrogênio do ar. 

Portando o mel puro cristaliza sim, mas não açucara como o mel "batizado" com açucar. Este fica uma massa dura, branca, da cor de açúcar cristal
 
O mel puro cristaliza e o mel falso pode açucarar dependendo da quantia de açúcar utilizado ou se houver a adição de outras substâncias, como o amido, em sua falsificação, este ficará sempre no estado líquido.

O mel cristalizado mantém todas as propriedades nutricionais e energéticas também permanecem o sabor e aroma do mel liquido.
 
   Algumas plantas em que o mel cristaliza mais rápido: Eucalipto e Capixingui (possuem mais glicose que frutose em sua composição).
No caso da Laranja o mel demora para cristalizar (possuem mais frutose que glicose em sua composição).

O controle de temperatura para o mel durante a descristalização é fundamental para a preservação das propriedades terapêuticas do produto.

O aquecimento (para eliminação de bolhas que podem provocar o início da cristalização) e super filtragem (para eliminação de partículas) são meios muito usados,infelizmente, para retardar a cristalização ao máximo. 
 
Isso é feito geralmente para aqueles produtos que vão ficar nas prateleiras por longos períodos. 
 
Para uma descristalização ideal, com a preservação das propriedades terapêuticas, o mel não deve ser aquecido acima de 45º C.


                                     Engª Agrônoma Adriana Vieira Martins
Especialista Apícola
Crea 068509979




15 de dezembro de 2010

Abelha Rainha


A Matriarca da Colônia


    Em uma colônia de abelhas africanizadas existem milhares de abelhas operárias, centenas de zangões e uma rainha.
   A rainha é única fêmea dentro da colméia com os órgãos reprodutivos totalmente desenvolvidos. Isto acontece porque ela é a única abelha tratada, a vida toda, com geléia real que contêm hormônios. Estes desenvolvem o seu órgão reprodutor. 
   Então...qualquer larva de abelha fêmea pode se tornar rainha desde que ainda nesta fase comece a ser alimentada com geléia real.
   As operárias e zangões são alimentadas com mel e pólen.
   A rainha é responsável pela postura de mais ou menos 3000 ovos dia e também pela união e manutenção das atividades das abelhas operárias.
   Essa união e manutenção é feita por substâncias chamadas de feromônios, que são os cheiros exalados pela rainha e que as abelhas operárias percebem. É a comunicação através do cheiro.
   Uma rainha pode durar até 5 anos de vida, mas quando começa a envelhecerrr..... a postura começa a cair e aí está o problema para nós apicultores.
   Nos apiários necessitamos de grandes populações de abelhas operárias, em todas as fases de crescimento, e principalmente das campeiras para a busca de néctar para a produção do mel.
   Para manter esta população necessitamos trocar as rainhas uma vez por ano ou no máximo a cada 2 anos.
   Como obter estas rainhas novas?
   Conseguimos através de 2 maneiras.....Uma delas é comprar rainhas de genética superior de criadores especializados ou universidades que nos enviam pelo correio.
   Outra maneira é fazermos a troca através da puxada natural, que nada mais é do que fazer os nossos próprios enxames produzirem suas novas rainhas. 
   Temos alguns métodos de puxada natural, mas todos eles  necessitam de um tempo de adaptação para a colônia que pode chegar até 2 meses (dependendo do método usado...alguns bem menos) para atingir o equilibrio populacional  e as campeiras (filhas da nova rainha) estarem prontas para o serviço.
   Isto acontece porque há uma interrupção na postura da rainha velha devido a retirada desta da colônia para a produção da nova rainha quebrando um ciclo de desenvolvimento do enxame. Temos que esperar a princesa nascer, se desenvolver, fazer a fecundação, iniciar a postura e todo o desenvolvimento de sua prole.
    Esse tempo é bem menor no caso de rainhas compradas de produtores....uns 5 dias sem postura apenas, pois, a rainha introduzida já vêm fecundada e pronta para por os ovos.
   Os 2 métodos possuem vantagens, pois, uma rainha nova já aumenta em 20% a produção de mel.
   Só temos que estudar os meios e épocas adequadas para a troca.

Engª Agrônoma Adriana Vieira Martins
Especialista Apícola
Crea 068509979

16 de julho de 2010

Geléia Real




GELÉIA REAL









A geléia real é o produto resultante da secreção das glândulas hipofaringeanas e mandibulares de abelhas operárias com 4 a 14 dias de idade, necessitando alimentar-se com pólen.


Sua composição é muito variada e depende da região de produção e do período de colheita. A alta concentração de aminoácidos e vitaminas torna a geléia real um super alimento. Apresenta umidade em torno de 60 a 70% e um teor de proteína mínimo de 10%.


O mecanismo de funcionamento da geléia real está estritamente relacionado com 4 componentes efetivos: vitaminas, ácidos orgânicos essenciais, elementos ativos protéicos e hormônios esteróides. A grande quantidade de vitaminas hidro-solúveis da geléia real, especialmente do grupo B, estimula o apetite e a digestibilidade, atua nos processos de oxi-redução, sendo importante fator anti-senilidade pois estimula a regeneração dos tecidos.


A vitamina B6 é essencial no metabolismo da hemoglobina, sendo por isso eficaz no tratamento das anemias.

A Niacina é vasodilatadora, prevenindo a arterioesclerose e diminuindo o nível de colesterol.

A acetil-colina torna a geléia real muito eficaz na manutenção da saúde do cérebro e na recuperação da memória, também aumenta o fluxo sangüíneo e diminui a pressão sangüínea.

A vitamina C e E atuam em conjunto como poderosos anti-oxidantes, defendendo as células dos radicais livres.

A vitamina D promove a absorção e utilização do cálcio e potássio, mantendo a saúde dos ossos e dentes.

A vitamina E recupera a função reprodutora do organismo e previne a atrofia senil das gônadas.

Os ácidos orgânicos essenciais da geléia real são os responsáveis pela ação bactericida da mesma, e fazem com que o pH fique entre 3,5 e 5,0 possibilitando a estabilidade de seus princípios ativos e a inibição de bactérias.

Além disso a geléia real possui material protéico ativo, como o insulinóide com estrutura semelhante à insulina, muito eficaz na diminuição das taxas de glicose no sangue.

A gama-globulina por sua vez tem a capacidade de aumentar os anticorpos, aumentando a função protetora do organismo.


A geléia real é rica em hormônios esteróides como o estradiol, a progesterona e a testosterona, que tem função importante tanto para o homem quanto para a mulher, principalmente na idade do climatério quando o organismo sofre disfunção hormonal.


Na síndrome do climatério masculino aparecem sintomas como debilidade física, diminuição da energia e da memória, insônia, dores de cabeça,...a administração de geléia real neste período suplementará a deficiência de hormônios sexuais e auxiliará a recuperação eliminando os sintomas.


Já na Síndrome do Climatério feminino, uma produção irregular de hormônios resulta em menstruações irregulares e posterior menopausa, uma atrofia gradual dos órgão reprodutivos, favorecendo o aparecimento de doenças como diabetes, doenças do coração, hipertensão,...a deficiência de estrogênios pode causar osteoporose e futuramente fraturas expontâneas. Os hormônios sexuais são importantes para a prevenção da osteoporose senil, por isso a geléia real é eficiente na prevenção e na diminuição dos processos de osteoporose. Pesquisas demonstraram que os sintomas da síndrome do climatério masculino e feminino melhoram após uma semana de administração de geléia real.


Por sua riqueza em aminoácidos essenciais (possui 8 dos 22 aminoácidos essenciais ao homem) favorece o crescimento de crianças desnutridas ou em estado de anorexia e apresenta resultados tonificantes frente a um desgaste físico ou psíquico muito forte.


Pesquisas realizadas na China demonstraram que o uso de geléia real baixou as taxas de glicemia em diabéticos num período de 20 dias.


Na Alemanha foram administradas 50 gramas de geléia real fresca a um paciente em estado de pré-coma com meningite, sendo que após 8 dias este havia se recuperado totalmente.


Na Romênia utiliza-se geléia real fresca, recém coletada, para pacientes com problemas sérios, sendo que para gripes, o conteúdo de uma realeira é o suficiente para a cura em 24 horas.


Como utilidade reconhecida, a geléia real tem as seguintes aplicações: serve como alimento para as larvas de abelhas operárias até o terceiro dia de vida, alimentação das larvas de zangão durante toda a fase larvária, alimentação da rainha durante toda a vida larvária e adulta.


Para o homem quando tomada por via oral é indicada como estimulante do organismo e vitalizador dos órgãos em geral, no tratamento de pele para fins de embelezamento, para aumento de apetite para formação de resistência contra gripe e resfriado.


Pode ser encontrada no comércio na forma in natura, devendo ser mantida a uma temperatura de –5ºC a 0ºC, na forma liofilizada e em comprimidos.


Na forma in atura deve ser consumida sob a língua ( 1 g. por dia), as papilas linguais permitirão uma assimilação quase integral dos nutrientes da geléia real.


Na forma de cápsulas, a geléia real deve ser quebrada e colocada debaixo da língua para que também ocorra uma absorção total ( 2 cápsulas por dia).

CBA-ARTIGOS TÉCNICOS- 2007

Prof Silvio Lengler

15 de julho de 2010

Própolis





PRÓPOLIS





A própolis constitui-se numa substância resinosa encontrada principalmente na entrada da colmeia (alvado) ou frestas, sendo transportada pelas abelhas campeiras nas patas posteriores (corbículas), ocasião em que é enriquecida pela saliva das mesmas. As abelhas retiram a própolis das pétalas dos botões de flores, folhas, cascas e troncos de árvores, como por exemplo: bracatinga, pinheiro, “pinus elliot”, ameixeira, pessegueiro,etc.


O nome própolis se deve aos gregos que já a utilizavam desde tempos remotos, significando pro = entrada e polis = cidade. Hoje sabe-se que a abelha participa ativamente na produção de própolis, não só recolhendo as secreções das plantas, mas transformando-as através de enzimas na forma em que o apicultor encontra na colmeia.


Esta contribuição ativa comprova-se pois os flavonóides isolados e identificados na própolis estão na forma de agluconas e não na forma de glucosídeos como os flavonóides são encontrados nos vegetais. A composição da própolis é variável, encontrando-se alterações de acordo com o tipo de vegetação predominante na região. A maioria dos pesquisadores concordam que a base de sua composição é de 50-55% de resinas e bálsamos, 30% de cera, 10% de óleos voláteis dentre eles os azeites essenciais e aromáticos e 5% de pólen.


Foram encontrados ainda, vários flavonóides e ácidos aromáticos, além de ferro, cobre, manganês, zinco e vitaminas do complexo B, etc. Os flavonóides apesar de suas atividades farmacológicas (mais de 41 ações terapêuticas) não podem ser considerados os únicos responsáveis pelas atividades biológicas da própolis, pois a própolis européia é mais rica em flavonóides do que a brasileira, mas não apresenta tanta ação terapêutica quanto a nossa. Os flavonóides têm ação sobre o sistema capilar, diminuindo a fragilidade e no sistema circulatório, agindo como vasodilatador e hipotensor. O ácido felúrico talvez seja o maior responsável pela ação bacteriostática (evita o desenvolvimento) e bactericida (mata a bactéria) da própolis e é também responsável pela ação coagulante no tratamento de feridas de cura lenta e difícil. Este composto rompe a membrana celular dos microorganismos destruindo-os, principalmente as bactérias gram positivas. Daí o uso da própolis na prevenção da cárie, problemas de herpes labial e zoster.


Diversos trabalhos científicos têm sido realizados demonstrando a importância da própolis. Em Santa Catarina foi realizado um trabalho de mestrado por Niraldo Paulino, demonstrando a ação broncodilatadora e analgésica da própolis catarinense.


Com este trabalho demonstrou-se que a própolis é um poderoso antigripal, sendo usada tanto na prevenção como na cura da gripe, asmas bronquites e resfriados. Seu uso já é consagrado no tratamento de sinusites, amigdalites e renites. Hoje em dia sabe-se que a maioria das úlceras gástricas são causadas pelo bacilo Heliobacter pilori que é altamente sensível à própolis o que justifica o seu emprego no tratamento de infecções gástricas.


A própolis também tem ação antimicótica, atua sobre alguns fungos e leveduras, principalmente micoses e coceiras no corpo, fungo de unha e dermatite seborréica.


Nestes casos utiliza-se shampoos a base de própolis, pomadas e extrato de própolis.


Possui ação antiparasitária, o que foi comprovado na Rússia, testando-se 45 crianças de 2,5 meses a 3 anos de idade, com infecção intestinal e diarréia, sendo que em 35 crianças os sintomas desapareceram. É excelente no combate à Giardia intestinalis que causa duodenites em adultos e infecções gastrointestinais em crianças ao Trichomonas vaginalis responsável por vaginites e uretrites nas mulheres.


Pesquisas em Cuba revelaram que inoculando-se própolis no duodeno de pacientes com úlceras, a cura é certa em 95% dos casos.


Em cirurgias dentárias de sulcoplastia (enxertos dentários) a própolis demonstrou ser um poderoso antiinflamatório, evitando o aparecimento de aftas e gengivites. Age também sobre as pseudomonas e stafilococus. Possui ação oxidante, os flavonóides da própolis atuam sobre os radicais livres do nosso organismo que são moléculas instáveis e altamente reativas, evitando que essas moléculas tendem a reagir com as vizinhas para se estabilizar, formando reações em cadeia que vão provocar oxidação dos tecidos, transtornos no DNA e RNA, alterações na síntese protéica ocorrendo degeneração celular que é a causa dos tumores.


Desta forma os flavonóides são também antitumorais, pois evitam a oxidação das células, retardando o crescimento tumoral. Experimentos com ratos demonstraram que o uso da própolis aumenta o período de vida de ratos com tumores. Outra importante ação da própolis é sua atividade imunomoduladora, isto é, tem ação estimuladora do sistema imunológico, estimula a produção de células produtoras de anticorpos e globulinas, importante para pacientes com baixa resistência. Poucas pessoas sabem da capacidade de proteção solar da própolis, estudos revelaram que emulsões e cremes à base de própolis funcionam como filtro solar natural conseguindo-se FPS 4. É também vasoprotetora, através dos flavonóides que atuam sobre a histamina evitando o depósito de lipídios nos vasos sanguíneos, prevenindo a arterioesclerose.


Trabalho realizado na Amazônia, demonstrou ser a própolis um excelente supressor dos sintomas da malária, funcionando também como repelente de insetos, principalmente mosquitos.


Em geral o homem tolera bem a própolis, com raríssimas exceções de pessoas alérgicas.


Devemos lembrar que a própolis não é um remédio milagroso para todos os males, e em função de suas propriedades bactericidas e bacteriostáticas deve ser utilizada com cautela e só quando estivermos realmente necessitando. Não é café ou chimarrão que se possa tomar a toda hora, e o consumo da própolis (própolis bruta), bem como doses elevadas de tintura (mais de 60 gotas por dia) são totalmente errado podendo causar intoxicações.


A própolis para uso oral deve ser preparada por laboratório idôneo, sendo consumida na quantidade de 10 a 45 gotas para adultos e 50% deste volume para crianças, depositadas sobre uma “colher de sopa” de mel e colocada num copo, adicionando-se 1 ou 2 colheres de sopa de suco de fruta ácida e completando-se com água.

A própolis apresenta-se na forma de extratos, spray bucal, pastilhas, balas, suspensão, xaropes, comprimidos, gotas nasais, pomadas além de uma infinidade de cosméticos à base de própolis, como shampoos, cremes faciais, ...


CBA ARTIGOS TÉCNICOS - 2007
PROF SILVIO LENGLER

12 de junho de 2010

PÓLEN APÍCOLA


CBA - Artigos técnicos 2007



Escrito pelo Prof. Silvio Lengler




O Pólen apícola é diferente do pólen das plantas porque a abelha aglutina-o com a saliva, para que possa ser fixado nas corbículas(cestas das patas traseiras) e transportado para a colmeia.


Como a saliva da abelha é rica em enzimas, aminoácidos e vitaminas, o pólen possui uma riqueza infinita de minerais, proteínas e fibras vegetais, logo resulta num produto de alto valor nutritivo. Há na natureza 22 aminoácidos essenciais para a saúde humana, e o pólen é o único alimento que contém todos os 22 aminoácidos.


Quase todas as vitaminas foram identificadas no pólen, sendo particularmente rico em carotenos (vitamina A).


Algumas variedades como o pólen de acácia contém 20 vezes mais caroteno que a cenoura que considerada a principal fonte dessa vitamina. É rico em rutina ou vitamina P, que fortalece os capilares, veias e artérias e reverte o endurecimento destas últimas e por isso é muito importante para o sistema cardiovascular, especialmente após os 40 anos.


O pólen é uma fonte preciosa de oligo-minerais com mais de 22 elementos. Os oligo-minerais são elementos químicos (titânio, níquel, cobalto, silício,...) que o organismo humano necessita em pequenas quantidades e que não existem na maioria dos produtos alimentícios.


A medicina orto-molecular, hoje em dia, está demonstrando a importância dos oligo-elementos para o bom funcionamento do nosso organismo.


Os níveis de vitaminas em 100g de pólen são os seguintes: Vit.A 50 mg, Vit B1 10 mg, Vit B2 10mg, Vit B3 20 mg, Vit B5 120 mg, Vit B6 5 mg, Vit C 80 mg, Vit E 100 mg, Colina 690 mg, Vit P 50 mg. O pólen constitui-se ainda de: Ácidos graxos 23,6%, Ácido Linoléico 39,4%, Carboidratos 38,2% dos quais 31% é açúcar total e 7,2% celulose, Proteína de 10% a 35%.

Há vestígios de 15 elementos no pólen os quais são necessários ao organismo humano, que são: ferro, iodo, cobre, zinco, manganês, cobalto, molibdênio, selênio, cromo, níquel, estanho, estrôncio, boro, flúor e vanádio.


Os níveis de flavona são de 2,54g para 100 g, sendo que os compostos flavonóides têm funções de prevenir as arterioscleroses, diminuir os níveis de colesterol, aliviar a dor e proteger de radiações.

Na Grécia antiga existia uma bebida considerada a bebida da imortalidade, que era uma mistura de mel e pólen, denominada de AMBROSIA, fonte de inesgotável poder para o organismo humano.


O pólen é rico em hormônios vegetais, que se sabe, não tem efeitos colaterais e tem surpreendente faculdade de regular as glândulas endócrinas, e por isso seu uso tem uma ação efetiva especialmente sobre a próstata, prevenindo a prostatite e o câncer de próstata. Em Santa Maria soube-se de casos de homens de meia idade, que precisariam se submeter a uma cirurgia de próstata, e que após 6 meses de tratamento com pólen não havia mais o problema, estando em perfeita saúde. Problemas de próstata ocorrem em 80% dos homens acima de 35 anos, onde há um crescimento interno da próstata devido a distúrbios hormonais da andropausa, que acaba pressionando a bexiga fazendo com que constantemente a pessoa tenha que urinar, ou então cresce para fora, causando entupimento do canal urinário e a pessoa tem dificuldade em urinar. Em Curitiba foram realizados diversas pesquisas comprovando a eficácia do pólen no tratamento de prostatites.


O pólen exerce também uma ação reguladora das funções intestinais, especialmente para pessoas com intestino preguiçoso, pois regula a flora intestinal.

É excelente no tratamento de anemias, elevando rapidamente a taxa de hemoglobina no sangue, uma vez que regenera os glóbulos vermelhos.


O pólen melhora a oxigenação do sangue, fazendo com que a circulação seja melhor, sendo assim um excelente antidepressivo, além de auxiliar no combate ao stress, evitando assim úlceras e gastrites de fundo nervoso. Provoca euforia e um melhor ânimo, melhorando o humor das pessoas.


É indicado para problemas de obesidade por ser um poderoso complemento alimentar protéico, diminuindo a vontade de ingestão de carne.


Na China estudos foram realizados comprovando que o pólen tem poder de reduzir o colesterol, sendo que pacientes com taxas de colesterol de 279 mg/dl e lipídios neutros de 210 mg/dl, após dois meses de administração de pólen baixaram as taxas laboratoriais para colesterol 158 mg/dl e lipídios neutros 102 mg/dl.


O pólen assim como a geléia real é indicado para as síndromes do climatério feminino e masculino, por atuar como estimulador do organismo e regulador das funções orgânicas.


É recomendado para ser consumido por pessoas que têm problemas com: visão, envelhecimento cerebral, anemia, aparelho digestivo, cardiovascular e urinário, hormônios sexuais e prostatismo.


Também regula a flora intestinal, regenera a hemoglobina e os glóbulos vermelhos e por conseqüente, uma melhor oxigenação do sangue e dos tecidos.

Possui a surpreendente facilidade de regular as secreções das glândulas endócrinas. Por isso é o único nutriente da PRÓSTATA, proporcionando seu rejuvenescimento.

O pólen deve ser consumido diariamente, porque pode fornecer todos os aminoácidos necessários ao metabolismo biológico, assim trará ao homem benefícios no: HUMOR, DISPOSIÇÃO, VITALIDADE E DIMINUIÇÃO DO ENVELHECIMENTO CEREBRAL.


O pólen granulado (desidratado) pode ser consumido em jejum, na quantidade de 1 a 3 colheres de chá por dia, mastigando bem e ingerindo com água ou outro alimento.

Também pode ser consumido misturado com o mel na proporção de 150g para l kg de mel, devendo tomar uma colher de sopa desta mistura por dia.

Ainda pode ser consumido com geléia, manteiga, suco de frutas e alimentos diversos.

A doseaconselhável é de 5 a 25 g por dia dependendo da necessidade.

O pólen é encontrado ainda na forma de cápsulas que devem ser ingeridas na quantidade de 4 a 6 por dia.

1 de junho de 2010

Reportagem do Globo Repórter sobre o Pólen


O alimento das abelhas tem proteínas e vitaminas que aumentam a nossa energia.

É o chamado pólen apícola.



MÔNICA TEIXEIRA Taubaté, SP



Edésio Santos é professor de educação física. Ele corre o tempo todo e, nas horas de folga, pratica exercício. De onde vem tanta energia? “Há 15 anos, eu acordo de manhã e a primeira coisa que eu faço é comer o meu pólen”, revela.

Ainda em jejum, Edésio come uma colher de pólen puro, um poderoso suplemento alimentar. “Antes de tomar o pólen, parecia que as coisas eram mais pesadas. Eu até desempenhava bem os meus papeis, só que fazia como se fosse um fardo. Hoje, eu faço muito mais coisas do que eu fazia e as coisas são mais leves”, afirma o professor.

Mas que alimento é esse? É comida de abelha e se chama pólen apícola. “O pólen é a principal fonte protéica da abelha. O néctar é a fonte de carboidratos, o pólen é a fonte de proteínas, minerais e lipídeos. Sem ele, o enxame não se desenvolve. Em poucos dias, três, quatro dias, ele pode definhar e morrer”, explica Lídia Barreto, do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.

Depois de pousar de flor em flor e retirar o pólen, as abelhas voltam para a colmeia carregadas. Cada bolota, como dizem os especialistas, ou bolinha amarela presa à pata é o mais puro pólen.

A cada voo que uma abelha faz, ela volta à colmeia com duas bolotas de pólen. E elas são incansáveis, chegam a fazer 80 voos por dia. Quer dizer que cada abelha produz 160 bolotas de pólen.

Para coletar o pólen, os apicultores usam uma espécie de tela na entrada da colmeia. Os furos são tão estreitos que, para passar, as abelhas são obrigadas a derrubar os grãozinhos do lado de fora.

Mas nem todo pólen é coletado. Como a tela também tem furos maiores, dois terços da comida extraída das flores vão para dentro da colméia e se transformam no pão das abelhas. O pólen é mais uma evidência de que o que é bom para as abelhas, é excelente para a gente também.

“O pólen no nosso meio é conhecido como bifinho verde. E ele tem uma composição físico-química básica de proteínas similar a um bife, em torno de 20%. Ele tem lipídeos. Esse lipídeo é um lipídeo muito bom com propriedades antioxidantes. É uma gordura, mas uma gordura boa”, destaca Lídia Barreto, coordenadora do Centro de Estudos Apícolas da UNITAU.

E ele desperta cada vez mais a curiosidade dos pesquisadores. Em um laboratório da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, as pesquisas com pólen mostraram que ele pode ajudar a combater as doenças do envelhecimento.

“Comprovamos, na verdade, que ele tem as três vitaminas antioxidantes, beta caroteno como a pró-vitamina A, a vitamina C e a vitamina E, que são as três antioxidantes”, afirma a farmacêutica bioquímica Lígia Muradian, da USP.
O pólen também é rico em vitaminas do complexo B, que ajudam, por exemplo, no funcionamento do sistema nervoso central, na prevenção e tratamento de cataratas. O grãozinho surpreende.

“Para se ter ideia, as quantidades que foram encontradas de vitamina B1 podem ser associadas às quantidades que se encontra dessa vitamina nas carnes de porco, por exemplo. As quantidades de vitamina B2 que nós encontramos eram superiores às quantidades que se encontra no leite”, explica a química Vanilda Soares de Arruda.

“Acredito que ele deve ser encarado como alimento, um alimento que tem efeito preventivo contra algumas doenças”, ressalta a nutricionista Ilana Pereira de Melo.

A repórter Mônica Teixeira experimenta o pólen na cozinha do laboratório da USP e aprova. “Tem um gosto como se eu tivesse comendo um cereal matinal. É bem crocante. Não parece com mel, mas dá para comer puro sem o menor problema”, comenta.

A recomendação é ingerir 5 gramas por dia, o equivalente a uma colher de sopa, mas ele não precisa ser puro. O pólen está sendo testado como ingrediente na culinária. E já existem maneiras bem mais saborosas de garantir a dose diária desse alimento.

Na Universidade de Taubaté, a cozinha é um laboratório, onde o sabor do pólen é posto à prova: no molho da salada, na salada de fruta, no patê, bolos, biscoitos de pólen e até trufas e bombons.

Ficou com vontade de experimentar o pólen? Que tal testar uma das receitas desenvolvidas pelas nutricionistas da Universidade de Taubaté? Anote aí como fazer os biscoitos de gengibre e pólen:

Misture:
2 xícaras de farinha de trigo integral
1 xícara de amido de milho
1/2 xícara de açúcar
2 colheres de chá de bicarbonato de sódio

Depois, acrescente os outros ingredientes:
1 ovo
1/3 de xícara de mel
3/4 de xícara de manteiga
1 colher de sopa de pólen
1 colher de sopa de gengibre ralado
1 colher de chá de canela

Amasse bem com as mãos. Enrole, corte em pedacinhos e arrume em uma assadeira untada. Leve ao forno para assar por 20 minutos na temperatura de 180º e pronto. É um jeito diferente de garantir a dose diária desse suplemento alimentar. As receitas feitas com pólen foram o nosso almoço depois da gravação. Parece que todo mundo ficou bem satisfeito

15 de abril de 2010

QUALIDADE DO MEL


Emater- MG

O mel é um produto livremente consumido e comercializado em todas as regiões do país. No entanto, a população precisa ficar mais atenta à qualidade do mel que está sendo comprado. Apicultores têm se esforçado para criar um mercado qualificado com um produto puro, higienizado e com boas práticas de manejo, no entanto muitos meleiros ainda não se importam com a questão da higiene porque o consumidor continua alimentando o mercado de mel sem qualidade. O apicultor e engenheiro agrônomo José Dias da Rocha, extensionista da Emater Minas Gerais, diz que a população precisa aprender a fazer a diferenciação. Segundo ele, muitas pessoas acham que os cristais presentes no mel são sinal de impureza, quando na verdade é o contrário.

O problema é que os apicultores que produzem mel sem qualidade encontram mercado para este produto ruim porque muitos brasileiros acham que aquele mel ruim que é o verdadeiro. Muitas pessoas não sabem que uma das características do mel é a cristalização e ela ocorre naturalmente, principalmente em baixas temperaturas. Esses cristais viram um doce de leite, se isto acontecer não é porque ele é ruim, pelo contrário, é porque ele é puro.

Só é ruim se ele virar bloco. As pessoas acham que o mel está cristalizado porque foi misturado com açúcar, mas não é verdade, é uma característica natural que indica pureza — explica o especialista.

José Dias da Rocha ensina que um dos fatores mais determinantes para a produção de um mel de qualidade, além da higiene, é o ponto de colheita. O produtor deve saber identificar quando o mel está maduro porque este fator é muito importante para a umidade do produto. A umidade ideal é de 18%, mais do que isso o mel corre o risco de azedar. Segundo o extensionista, quando as janelinhas do mel estiverem fechadas significa que ele está maduro. O cuidado com a higiene é extremamente importante e começa ainda no transporte do produto até a casa do mel. Como existem muitas estradas de terra, o produtor tem que ter o cuidado para proteger bem o mel com lonas nos caminhões ou caminhonetes para que ele não seja contaminado com a poeira e as fezes de animais.

Chegando na casa do mel, que deve ser asseada e limpa, de preferência azulejada com a centrífuga e a mesa opeculadora feitas de aço inox e devidamente limpas, os produtores depositam a melgueira na mesa e inicia-se a desopeculação do produto. As pessoas envolvidas neste processo devem usar aventais, luvas, gorro para o cabelo e material limpo. Após o processo de desopeculação e centrifugação do mel, ele será levado para os decantadores, onde ficam por 48 horas para que as impurezas sejam separadas e o produtor possa tirar o mel por baixo limpinho. Esse mel limpo vai para os tambores ou para vasilhames — detalha.

O mais importante, segundo o especialista, é que a população saiba reconhecer o mel puro para incentivar os apicultores que cultivam boas práticas de manejo e se preocupem com as questões de higiene e umidade. Enquanto o consumidor não se importar com a origem e contaminação do produto, os maus apicultores continuarão a existir.

Infelizmente, no Brasil ainda existe uma gama de apicultores que não conduzem bem o mel. Observamos os meleiros que vendem mel de beira de estrada, mal acondicionados, com teor de umidade elevado, sem se importar se o mel está maduro ou verde. Isto prejudica a qualidade do produto, porque se o mel tem teor de umidade muito elevado ele não aguenta armazenagem e tende a fermentar, azedar ou provocar ação das bactérias